O significado do símbolo Yin e Yang
21 de julho de 2022Candle Massage – Massagem com Velas
2 de agosto de 2022Não se sabe ao certo a origem da massagem para fins terapêuticos. Contudo, especula-se que ela é utilizada desde antes a pré-história por ser um método intuitivo de cuidado.
É fato que alguns primatas dos dias de hoje praticam vários tipos de cuidados manuais uns com os outros. Por isso não é improvável que nosso ancestrais também o fizessem.
Tanto que ao sentir dor por conta de uma lesão, a primeira ação que tomamos é levar as mãos ao local dolorido. Dessa maneira, tentamos proteger ou aliviar a sensação desagradável. E parece que funciona de alguma forma.
Assim, desde pequenos temos este impulso quase que de imediato. Já que quando sofremos qualquer agressão em nosso corpo, sentimentos a necessidade de tocar o local. Assim como o toque de outras pessoas pode proporcionar uma alívio imediato. Além disso, há uma sensação de conforto e cuidado proporcionada pelo calor.
Este reflexo não existe à toa. É uma marca de experiências anteriores que está gravada em nossa existência física.
Segue o passeio…
Quando falamos em registros históricos e ao estudar de civilizações ancestrais, percebemos a massoterapia acontece em vários lugares do mundo de modo independente.
Algo que reforça ainda mais a ideia de que a massagem é um método natural e intuitivo da humanidade. Portanto, podemos dizemos que a massoterapia é uma das formas de cuidado humano mais antigas que ainda estão em uso.
Se dizemos que os remédios são qualquer coisa ou ação que melhore nossa saúde e alivie dores, então a massoterapia é um remédio universal e que está presente em toda a existência da humanidade.
Registros da História da Massoterapia
Então, existem diversos relatos de práticas antigas de massagem terapêutica na Índia, China, Japão, Grécia e Roma. Sendo assim, vamos ver uma breve linha do tempo com fatos interessantes.
Massoterapia na antiguidade
Um dos primeiros registro escritos da massoterapia está na obra Huang Di Nei Jing Su Wen, popularmente conhecida como Tratado de Medicina do Imperador Amarelo.
Este compilado sua aparição aproximadamente em 2500 a.C e lança os fundamentos da medicina chinesa.
No Egito antigo existem diversas inscrições que indicam a prática da massoterapia, bem como estudo de anatomia para a mumificação.
Existem registros nos livros da cultura Védica da Índia. Dois deles são o Atharva Veda bem como o livro Charaka samhita. Em ambos são encontrados passagens sobre práticas de unção com óleos e massagem como a Abhyanga, por exemplo. São referências encontradas por descritas por volta de 700 A.C.
Na china a massagem também era comumente chamada de Cong-Fou e no Japão, Ambouk. Assim, ao longo da história da massoterapia também foram descritas diversas técnicas, variações com finalidades de aplicação como veremos a seguir.
Massoterapia na Antiguidade Clássica
O pai da medicina ocidental, Hipócrates (460 a.C. – 370 a.C.), batizou a massagem como anatripsis, que significava “esfregação”. Assim, ele dizia que um bom médico deveria ter conhecimento em muitas áreas. Mas que o conhecimento e habilidade de fricção era indispensável. (Fica a dica para os profissionais de saúde atuais).
No livro On The Articulations, Hipocrates descreve a massagem como extremamente importante para a cura.
Os médicos greco-romanos faziam uso de manobras de massagem para cuidar de seus pacientes bem como aliviar suas dores.
Os povos gregos cultuavam a saúde, beleza assim também o porte atlético. Sendo assim, praticavam esportes e utilizavam a massagem para melhorar a performance e aliviar dores musculares. Tanto antes como depois de eventos competitivos.
História da massoterapia na Idade Média
Com a decadência do Império Romano, no século V, a medicina europeia ficou estagnada, não recebendo novas atualizações. Assim também pelo obscurantismo promovido pela igreja na idade média, práticas de cura ancestrais foram marginalizadas.
No século X, o importante médico e filósofo árabe Abdullah ibn Sina (980-1037), também conhecido como Avicena, descreveu em seus manuscritos manobras assim também benefícios da massoterapia.
Em seu livro Al-Qanun ( O cânone da medicina), Avicena menciona sobre “a dispersão de matérias estéreis ou esgotadas que se acumulam nos tecidos“. Certamente se referindo a metabólitos acumulados depois do trabalho físico.
História da Massoterapia na Idade Moderna
Com o Renascimento, os estudos de anatomia foram reiniciados, assim também da releitura de obras da antiguidade clássica. Estes adventos possibilitaram uma nova visão da medicina e consequentemente da massoterapia.
Então, a partir do século XVI, na França, Ambroise Paré (1510-1590) afirmou utilizar fricções em seus pacientes pós-cirúrgicos. Ele atribuiu este conhecimento a obras antigas e seu trabalho ajudou a difundir a massoterapia mundo afora.
Além disso, Francis Fuller the Younger (1670-1706), fisiologista ingês e o médico Joseph-Clémet Tissot (1747-1826) na França, defenderam o uso do trabalho físico de exercícios e manobras de massoterapia.
Este dois influenciaram Per Henrik Ling (1776-1839) em seus trabalhos sobre ginástica e seus efeitos.
História da massoterapia na Idade Contemporânea
Per Henik Ling, o precursor da educação física, conhecia técnicas chinesas, egípcias bem como greco-romanas. Além disso, também possuía conhecimento de ginástica e fisiologia. Assim, com este saber ele desenvolveu um sistema que une massoterapia e exercícios batizado como ginástica médica. Posteriormente ficou conhecido como Massagem Sueca.
O método de Ling se difundiu rapidamente pelo mundo e é estudado até hoje como massagem clássica.
Do mesmo modo, O médico inglês Mathias Roth (1818-1891) escreveu um livros sobre a ginástica médica e os movimentos suecos baseados no trabalho de Ling. Nele descrevia as técnicas, aplicabilidade assim como efeitos.
Da mesma forma, Drº George H. Taylor (1821-1896), médico estadunidense, publicou artigos sobre a cura proporcionada pelo método de Ling. Assim também, Seu irmão, Charles Fayette Taylor (1827 – 1899), também propagou as ideias dos movimentos suecos e publicou vários artigos.
Elizabeth Kenny (1856 – 1952), uma enfermeira australiana, praticava o uso da massoterapia no tratamento de pacientes com poliomielite. Assim, ela utilizava compressas, alongamentos e manipulações obtendo grandes resultados na diminuição das sequelas. Em seguida, a massoterapia teve maior aceitação pública frente ao surto de poliomielite que ocorreu neste período nos EUA.
Massoterapia nos séculos XX E XI
Antes de mais nada, atualmente há uma promoção constante do uso de terapias complementares como auxílio dos tratamentos médicos convencionais. Assim como, ocorre também o crescimento do interesse científico em abordar práticas ancestrais e seus usos, da prevenção à paliação.
Hoje a massoterapia está presente em hospitais, centros estéticos bem como spa’s com objetivo de relaxamento, com vivências e histórias cheias de transformação.
Hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que a saúde não é apenas a ausência de doenças, mas a presença de bem estar. Com isto, a atuação na saúde passa a ser compreendida como uma ação multidisciplinar e não apenas proporcionada por profissionais de saúde.